E não é fácil carregar a responsabilidade de se expor a todo o momento. Expor a alma que grita, o coração que sangra, o sorriso mergulhado em lágrimas. Tudo isso por sentir e se obrigar a tentar colocar nas palavras, aquilo que o peito não segura mais sozinho. Só quem se permite mostrar, nu e sem medo, esperando que alguém lhe enxergue com olhos de espelho, por inteiro, suspirando e sentindo, em cada entranha, o que se mostra por aquelas palavras, tão sofridas, tão felizes, o que o coração insiste em esconder.Só sente quem a alma dança perdida nos sentimentos, que toca, que fere, que grita o que todos sentem, sabendo o peso do que é registrar.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Dia 25 de Julho: Dia Nacional do Escritor.
E não é fácil carregar a responsabilidade de se expor a todo o momento. Expor a alma que grita, o coração que sangra, o sorriso mergulhado em lágrimas. Tudo isso por sentir e se obrigar a tentar colocar nas palavras, aquilo que o peito não segura mais sozinho. Só quem se permite mostrar, nu e sem medo, esperando que alguém lhe enxergue com olhos de espelho, por inteiro, suspirando e sentindo, em cada entranha, o que se mostra por aquelas palavras, tão sofridas, tão felizes, o que o coração insiste em esconder.Só sente quem a alma dança perdida nos sentimentos, que toca, que fere, que grita o que todos sentem, sabendo o peso do que é registrar.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Cinza e chuvoso.
Não é a melhor coisa do mundo se sentir desamparado, precisando de afagos intermináveis, alguém ou algo pra se apoiar. Não é questão de parasitar e sim de abafar um pouco essa insegurança que deitou sobre mim. A fragilidade entrelaçou suas mãos com a minha essência, e faz dela mais sensível do que já é por natureza. Às vezes o medo é tanto que chego a ficar tonta. Dói o corpo, dói o peito, doem os pulsos, dói à alma. E olha que eu tento fingir até pra mim que está tudo bem. Sei que é mais uma daquelas fases de alto-encontro, de pesar o que deve continuar sendo carregado dentro desse peito que fadiga e o que deve ser jogado fora no primeiro bueiro em que eu passar, mas a falta de sabor na ponta da língua, o tempero dos dias, se dissipa em minhas mãos e a indiferença toma o seu lugar. Eu sei, vai passar, mas enquanto estiver cinza e chovendo aqui dentro, eu vou chorar, vou aflorar minha dor, esperando o dia em que tudo voltará a ser azul e limpo, com algumas nuvens, eu sei, mas bem menos carregadas de dor.
Franciélle Bitencourt.
sábado, 9 de julho de 2011
Instintos.
Tem vida própria, age como se não houvesse razão a ser seguida, como se o cérebro existisse apenas para controlar os movimentos e as partes do corpo.
Ora acelera no peito, mediante um delírio de amor. Outrora cai pro estômago, onde se esconde em meio a acidez do mesmo, achando que isso é melhor do que tentar superar os medos. Quando menos se percebe é arremessado para a boca, onde fica na dúvida se volta para o peito - de onde nunca deveria sair - ou se se rola para as mãos, mesmo sabendo que o cérebro - aquele que comanda apenas os movimentos e as partes do corpo - irá decidir pra onde ele deve ir: se voltará pra dentro do peito ou se será arremessado para lata de lixo, onde muitas vezes o coração quis estar.
Mas ele insiste em arriscar, sempre em nome dos seus sentimentos. Seguidor fervoroso dos seus instintos de sobrevivência.
Franciélle Bitencourt.