Can you fix me?
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
A constância da incerteza.
É que o tempo passa e as coisas pesam.
Tentar esconder o que se sente, entupindo o seu dia com uma rotina milimetricamente contada, não te deixa escapar do que no fundo, só te atormenta e te apodrece cada dia mais.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Who I am.
quarta-feira, 12 de março de 2014
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Without.
Tentativa do (re)encontro. Desvendando o vazio. Frio. Dor que dói no peito. Sangra o tempo. Nostalgia derradeira. Tédio desesperançoso. Sede de ser. Que morre.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Sabores e dessabores.
Tenho aprendido, na pele que sangra, a falar muito menos e a ouvir muito mais. Não que antes não ouvisse, mas eu dividia a minha vida com a mesma intensidade em que eu abraçava o mundo para cuidar. E o punhal pelas costas veio, na mesma intensidade em que eu distribuía o meu amor por ai. Foi inevitável. Foi inesperado. Mas me abriu os olhos e me fez crescer. Mais um pouco, como tudo que nos faz sofrer. Muitos não carregam consigo a lei do amor recíproco. As pessoas nem sempre são quem você imagina. Você nem sempre é o que pensa ser. Mas isso tudo não quer dizer que desisti do ser humano, apenas estou aprendendo a conservar o meu coração, para oferecer aos límpidos de alma.
Tenho aprendido a dosar empatia com apatia. A mistura perfeita dos dois faz com que você se coloque no lugar dos outros, mas que não se permita deixar de ser você. De viver você. De cuidar de você.
Tenho me consentido sentir todas as coisas que as alternativas, caminhos e escolhas têm me oferecido. Tenho jogado a rotina para o alto - ou pelo ralo. O que parece correto pode ser completamente o contrário. E vice-versa. Não há verdades absolutas e muito menos mentiras irrevogáveis. Tudo depende do ângulo em que se vê. Em que se vive.
Tenho tido menos medo e tomado mais atitudes. Dei-me a possibilidade de arriscar tudo, perder as estribeiras, mudar o rumo total da minha vida. Mas tenho percebido também, que nem todo frio na barriga vale o meu chão.
Estou à procura do meu equilíbrio. Como sempre. Como nunca estive. Tentando dosar a química entre razão e emoção. Extremos são perturbadores de mais. Ter a capacidade de domar as possibilidades é mais atraente do que se possa imaginar.
Tenho deixado à vida ir e vir diante dos meus olhos. Mostro aos outros, o que eu tenho de bom a oferecer. Dou motivos para que se aproximem de mim. Converso olho-no-olho, dou afago e atenção, mas se percebo que sou apenas conveniente durante os dessabores dos dias, já não segura mais a mão.
Quero ser aceita com todos os meus requintes e deficiências. Quero ser inteira. Inteira de tudo que me mantem em equilibro. Tenho esvaecido das mãos de quem me tem como muleta. Tenho dado asas a quem em mim tem se encontrado, e que comigo quer aprender a voar.
Franciélle Bitencourt
domingo, 13 de novembro de 2011
Sem saber...
Eu sou tanto, sou tantas, sinto tanto, transbordo tanto. E como posso querer que me entendam se eu mesma me perco em minha loucuras e estranhezas? Já não sei mais controlar tudo o que sinto e até mesmo o que deixei de sentir. Entrego-me as minhas angustias e fraquezas. Permito-me sentir mais do que o meu peito suporta. Deixo-me derramar em lágrimas. Desfiguro-me em lamúrias.
Meu coração já não reconhece suas batidas, se entristece com o que vê, se lamenta pelo que não alcança mais.
A vida dança ao som de Le Moulin, e aquele sentimento arrancado do meu coração se transforma em batidas perturbadoramente calmas e descompassadas, fora de mim. Sensações descobertas ao acaso, excitações impertinentes e imprudentes. Culpas inexistentes que gritam no meu âmago. Sensibilidade que entorpece e enlouquece. Melancolia inexplicável e persistente. Vontade exorbitante de abafar essa dor que dói no peito. Ambição tremenda de fugir mim.
Franciélle Bitencourt.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Sem armadura. Sem medo.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Nem toda flor cheira a perfume.
E quando passamos a olhar as pessoas, fatos, situações mais de perto, a enxergá-los como realmente são, descobrimos que são raras as belezas que vêm acompanhadas de um interior mais atraente, que julgar pelo que parece ser pode acarretar no maior erro das nossas vidas e que nem toda flor cheira a perfume. Porque beleza é quase antônimo de inteligência, falta de interrogações geram percas e decepções para o resto da vida e que flores - por mais belas que pareçam ser - às vezes cheiram a defunto.
Franciélle Bitencourt.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Seja forte, menina!
Viu, menina? Eu lhe disse para não dar ouvidos pra ela. Eu sei que ela é envolvente, chega sorrateiramente, fica murmurando no seu ouvido como quem não quer nada – ou quase nada.
Eu sei que eu aparento sumir às vezes, mas faço isso pra ver até a onde a fé em você mesma é capaz de ti levar. Tem momentos em que eu ti vejo tão fraca, menininha, rendendo-se a todas as dores, pedras e sacrifícios que aparecem no meio do seu caminho. Se eu testo você é porque sei que és capaz. Não duvide disso, não dê ouvidos pra outra que não quer tanto assim o teu bem, minha doce menininha.
Vá! Usa essas asas que você mesma lhe deu e voe pra longe, bem alto e não tenha medo de cair! Caso isso aconteça, levante, sacuda a poeira das mãos, limpe os joelhos, erga-se novamente e se impulsione a voar de novo, quantas vezes for preciso! Mas pra cima, menina. Jamais se jogue pra baixo porque a outra falou, querendo dizer que no fundo é você que quer isso. Não a escute! Ela não é tão boa assim quanto parece ser. Eu sei que às vezes ela lhe pega pelas mãos, te leva pra um lugar bem alto, soltando papinho, passando por caminhos tentadores, agindo gentilmente e prometendo infinitas coisas, mas ela só quer te empurrar lá de cima e pra isso te coloca cara-a-cara com a outra face dela, lá em cima daquele abismo. E diz pra você pular, e diz pra você não ter medo, e fala pra você agir, te chama de covarde, te incentiva a cortar o ar sul e verticalmente.
Tira ela de perto de você, menina. Eu sei que a melancolia e o frio são atrativos pra você, mas olhe pra mim. Olhe pra você. Eu sou bem mais bela do que você imagina, do que você vê. Faço-lhe passar por situações únicas, nem sempre tão bonitas, mas que sempre te ensinaram a crescer, a ser e a moldar você. Abre um sorriso bonito, menina, e veja que a felicidade está a um palmo de você. Jogue-se com tudo pra cima de mim, minha menina, que apenas eu, vulgo Vida, posso mostrar o caminho de tudo que tanto anseias. Solta a mão da Morte, minha menina, e segure a minha, mas bem forte, que ainda tenho o mundo todo pra lhe oferecer.
Franciélle P. de Bitencourt.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Desejo sem pudor.
Vem pra cá, me pega. Ocupa esse espaço vazio, entre você e a minha cama que te chama, com esse calor que transpira do teu corpo vil.
Vem, não se intimide. Minha pele te deseja, meus olhos te perseguem, minha boca quer escorregar pelo teu corpo nu.
Chega mais, me arranque delírios. Sinta meu suspiro no teu dorso, beija minha nuca, siga com esses beijos o caminho que o meu queixo aponta até os meus pés, sem esquecer um canto se quer.
Seja meu, por inteiro. Entregue-se a essa delícia que é o desejo sem pudor, apenas coberto pelo nosso imenso amor.
Franciélle Bitencourt.