sexta-feira, 30 de julho de 2010



"I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight, it's only you and me."


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amor que é amor


"Amor que é amor, dura a vida inteira. Se não durou, é porque nunca foi amor. O amor resiste á distância, ao silêncio das separações e até as traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: ”Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou, se você não estiver por perto.”

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: ”Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse o sonho dentro de mim, e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração.”


Pe. Fábio de Melo.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Prefiro.


Prefiro o frio ao quente, o letrista ao calculista, o junto ao separado.

Prefiro o céu cinza ao azul, o amor à paixão, o desejo ao ódio.

Prefiro o sossego à euforia, o incerto ao premeditado, a surpresas ao esperado.

Prefiro os olhares a palavras, o abraço ao desapego, os sonhos a ilusões.

Prefiro o movimento ao parado, o tocável ao visível, o doce ao amargo.

Prefiro viver ao sobreviver, o extremo ao meio termo, as flores ao dinheiro.

Prefiro a loucura à sanidade, a empatia a apatia, a dor de cotovelo a nunca ter amado.


Franciélle Bitencourt.

(Desas)sossego.


A difícil escolha de levar adiante, como se nada fosse mudar ou me precaver de futuros desastres, me deixa incrivelmente absorta sobre o que realmente devo levar em conta.

A alma inquieta pedi por sossego, encontrado em palavras, em olhares, em sorrisos, em abraços, no respirar, no sentir-se viva, no acordar e nada temer; mas nada disse me é entregue.

Quanto mais respiro palavras, mato a sede de conhecimento, me alimento de sabedoria, mais meu mundo fica amargo, desesperado, sem vida.

Há tanto o que fazer e tão pouco a se tentar. Ou vive-se o presente sem pensar no amanhã, ou entra-se numa paranóia que pode não haver mais fim.

Lá fora o sol resplandece. Mal sabem que ele poderá ser o nosso maior inimigo um dia. Ironia.

Prefiro a chuva, as gotas na janela, o dia cinza, calmo. Acalento das minhas inquietudes, das minhas unhas roídas até o talo.

A pressão da escolha certa, o ultimato do medo, o desapego a rotina, me tiram o sono e me trazem a apatia.

É tentando me consertar que eu vou vivendo, apegando-me ao desapego, tentado todos os dias ensejar um novo final.


Franciélle Bitencourt.

Idealismo


"Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade
é uma mentira.
É. E por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!

Quando, se o amor que a Humanidade inspira

É o amor do sibarita e da hetaíra,

De Messalina e de Sardanapalo?!


Pois é mister que, para o amor sagrado,

O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -


E haja só amizade verdadeira

Duma caveira para outra caveira,

Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!"


- Augusto dos Anjos

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Expor-se


Exponho para tentar apagar amores que abalaram uma vida,
Por mais que tenham sido passageiros.

Exponho para aliviar o coração,

que já se entregou a quem não merecia um sorriso se quer.


E continuo expondo para aliviar dores ocasionadas por momentos imprevisíveis,

E faço isso para amenizar o pesar de palavras ríspidas

Ditas, mediante uma súplica escondida, por um gesto de amor.


E abro o emocional abatido,

Exponho o sentir-se só, apesar de tudo levar o contrário.


Mostro a geografia do corpo pulsante que exige vida,

Mesmo sem nem ao mesmo ter sido despido.

Exponho memórias cravadas em cada curva do corpo,

Em cada cicatriz que a vida ocasionou.


Amenizo os pesares com a esperança de dias melhores,

Com o olhar de quem ainda acredita na vida,
Porque a tristeza é preocupante quando algo vivo

Não se vê como tal.



Franciélle Bitencourt.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

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Toda vez que eu abro essa página, para tentar exprimir o que sinto, o nada toma conta da minha mente.

Toda vez que eu tento exteriorizar a minha dor, nenhuma palavra no mundo consegue revelar tudo o que tem aqui, dentro do meu peito.

Já não sei se o que sinto é certo, se o que penso tem valia, se o que vivo é verdadeiro.

Há alguns dias a angustia tem feito parte da minha rotina. Dizem que é coisa passageira, que me sinto assim porque estou cansada, porque minha vida se tornou uma rotina ou porque estou perto "daqueles dias".

Eu digo que é o vazio. Não me pergunte o porquê, eu não saberei responder. Eu nem ao menos sei se é isso que eu sinto/tenho realmente.

Hoje pela manhã, quando acordei, parecia que não fazia 10 minutos que eu havia me deitado. O corpo pesado, cansado, já não consegue seguir o fervor da rotina diária. A mente já não processa as coisas com a mesma rapidez, a vontade já se esconde por trás dos devaneios.

Levei 15 minutos para me arrumar, não mais que isso. Tomei um copo de água. Qualquer coisa que eu colocasse dentro de mim que não fosse água, voltaria, da mesma forma que entrou.

Segui o meu caminho matutino até a parada. Levo 8 minutos contados no relógio para chegar até lá. Nesse meio tempo, sigo, freneticamente, olhando as minhas passadas duras no chão de concreto, e tento entender, realmente, para onde que essas passadas me levam, se para o meu trabalho diário, visto simplesmente com o sentido real do vocabulário, ou se para o meu futuro, que eu nem sei o que é. Se souber, já não confio mais tanto assim.

Pode ser amargura do momento, daqui algumas horas pode até passar. Mas se não passar? Se isso resolver se perdurar por mais alguns dias, semanas ou meses? Vou ter que seguir assim, perdida de mim por quanto tempo?

Dói. Não sei onde, não sei o porquê, nem o que é, mas sei que dói. Muito.

Eu precisava falar. Sei que não disse muito, ou disse sem saber, mas eu precisava tentar.



Mais uma vez,

Franciélle Bitencourt.