terça-feira, 15 de junho de 2010

Amor próprio.


Paro e penso: "Como que as pessoas conseguem passar por cima do seu próprio ego para agradar outrem?".
Não me conformo com a idéia da submissão ao outro, muito menos de provar algo que por si só, se provaria - se fosse verdadeiro.
O verbo amar deveria ser conjugado apenas quando, realmente, fosse sentido.
Essa coisa de se submeter a vontades que não são suas, a desejos que não ti pertencem e a seguir verdades que não te cabem apenas para agradar alguém, se resume a pura e simplesmente falta de amor próprio.
Quando passamos a olhar pra dentro de nós mesmos, e com isso passamos a nos reconhecer e valorizar como sendo nosso maior amor, tudo a nossa volta passa a ter um outro sentido e as coisas passam a não nos atingir com tanta facilidade.
Apoio a idéia de que, quando duas almas se amam de verdade e se reconhecem como sendo parte uma da outra, elas se encaixam perfeitamente nas igualdades e nas diferenças, e se aceitam do jeito que são, porque se amam de verdade. Quando se tem o respeito e a visão de que ninguém é o que queremos e sim o que realmente são, fica mais fácil encontrar o sentido de tudo que se passa ao nosso redor.
Aprender a lidar com as diferenças e a respeitá-las é a maior prova de amor que alguém pode dar.
Dois corações se aproximam por afinidade, por atração carnal, por reconhecimento ideológico, por carinho, por vontades conjuntas, por admiração, por reconhecimento, e devem permanecer unidos pelo que são sozinhos, e não pelo que se tornarão com o tempo, que poderá ser maçante, e os sentimentos divergentes do egoísmo.
Amor de verdade não se pede, não se implora, não se humilha, não se rende, não se abala, não se destrói, apenas se revela, se doa, se reconhece no outro.
As coisas seriam mais fáceis se o amor próprio se sobressaísse sobre os demais sentimentos.
Não falo de egocentrismo extremo e muito menos da adoração ao próprio ego, falo de respeito e admiração pelo seu ser, para que por fim, recebamos o mesmo de quem nos rodeia.

Franciélle Bitencourt.

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