sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem rodeios.



Limitar-me ao tentar definir um ser como eu, seria usar da hipocrisia contra o meu próprio ego. Sei que me apego fácil, sofro com o abandono, mas aprendi a soltar, sem pensar duas vezes. Gosto da música que me toca como se tivesse mãos, que me arrepia a espinha de fora a fora, e me encher de prazer como o calor do corpo. Sei que me guardo como um cofre atrás de um quadro velho, mas posso ser esse quadro, diante dos seus olhos. Fascino-me fácil com um olhar sincero, um choro de pesar, um sorriso de ternura, mas me resguardo mediante teimosia, e prefiro deixar que aprendam com suas dores, como eu aprendi. Sei da minha sensibilidade extrema, do amor que transpira pelos meus poros, dos abraços infinitos, dos beijos eternos em que me transformo a cada amanhecer, mas sei também da dor agonizante que carrego no peito, sem nem ao menos saber de onde ela vem. Sei de tanta coisa, sei de tão pouco. Sei que tudo quero e quase nada tenho, mas esse nada é tão significante, que acaba se tornando aquele tudo que eu necessito.

Olhe e compreenda, se tiveres a inteligência de um velho sábio e o coração de um inocente.



Franciélle Bitencourt.

2 comentários:

  1. O bixa hein?!
    me surpreende cada vez mais, Amoo isso <3

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  2. Retribuindo a visita,e também adorei o blog.
    e você também ganhou uma seguidora. (:

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